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O governo Wilson Lima colocou em prática um programa audacioso: a construção de 22 mil novas moradias a um custo de R$ 4,7 bilhões. É de fato uma ousadia, em momento de incerteza econômica, de encolhimento da receita do Estado e de prováveis crises mundiais, que podem afetar a economia do país. Mas ao menos está fazendo.
Se o projeto, já em execução desde o ano passado, é louvável e contempla famílias de baixa renda, retiradas da beira dos igarapés, de outro impõe dificuldades de locomoção. Como a legislação municipal não impõe obrigação para que as construções de até quatro andares tenham elevadores, quem mora a partir do terceiro andar sofre para carregar uma botija de gás ou garrafão de água. As mulheres sofrem ao subir escadas com crianças no colo.
Não é porque a lei não exige, que o governo deva abdicar do dever de aliviar o peso que essa gente já carrega – a vida difícil, o dia de trabalho extenuante, a volta ao lar que agora fica “pertinho o céu”, não do lugar da moradia dos sonhos.
Burocratas do governo que moram em apartamentos não utilizam a escada para subir dois lances. Imagine seis…
Há uma ironia nisso tudo. Se o programa se chama “Amazonas, meu lar”, então que seja um lugar para viver, envelhecer, conhecer os netos. Mas “pertinho do céu” não dá.
Deve-se reconhecer que, pela sua origem humilde, o governador terá a sensibilidade e agora o poder de alterar o projeto e colocar elevadores nos prédios de apartamentos. Se os legisladores municipais não tiveram essa sensibilidade de resolver o problema na lei que disciplina as construções na cidade de Manaus, certamente o governador terá.
UM ALERTA PARA A DEFENSORIA PÚBLICA: os apartamentos construídos pela Direcional Engenharia na Avenida das Flores, com recursos do governo Federal – o Minha casa Minha Vida – tem cinco andares, mas sem elevadores. Lá, chegar ao ultimo andar é ir além do céu… Haja coração…
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Fonte: portal do Holanda>