Hino com linguagem neutra vira arma contra Boulos; PSOL culpa cantora
Ex-presidente nacional do PSOL culpou a cantora por “lacrar”. Ele diz que o “foco” da esquerda deveria ser na repercussão da entrevista de Boulos ao Roda Viva. “Não [focar em] pesquisa fake ou cantora que resolveu lacrar em cima do hino nacional e da nossa campanha. Foco, gente. FOCO!”, escreveu Juliano Medeiros.
Em nota a campanha também culpou os organizadores do evento. “A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou a alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício no último sábado, 24, na Zona Sul da cidade”, afirma.
O UOL tenta contato com a cantora —ela restringiu suas redes sociais após a repercussão do caso. A reportagem também pediu ao PSOL o contato da produtora, mas ainda não houve retorno.
A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional.
Campanha de Boulos, em nota
Lei diz que a letra do hino não pode ser alterada. “Em qualquer hipótese, o hino nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”, diz a Lei nº 5.700 de 1971, que prevê multa para alterações na letra ou na melodia e “execução de quaisquer arranjos vocais do hino nacional”.
Adversários de Boulos exploram a polêmica
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o “hino nacional foi violado”. “Isso não é apenas vergonhoso, é crime contra os símbolos nacionais, previsto na Lei 5.700. Vamos denunciar!”