Amazonas é terceiro estado do país com maior índice de informalidade

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Por Ana Celia Ossame, especial para Portal do Holanda


 


O estado do Amazonas está entre os três do país com maiores taxas de informalidade no mercado de trabalho. Enquanto no Brasil essa taxa foi de 39,2% da população ocupada, no Pará foi 58,7%, Maranhão, 57,0% e Amazonas, 56,8%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada hoje (15) pelo IBGE.


Esse dado, para o sociólogo Luiz Antônio Nascimento, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), chama a atenção para a incapacidade do governo estadual de gerar postos de trabalho com qualidade, por conta da dependência do modelo Zona Franca de Manaus, que incorpora mais tecnologias e reduz postos de trabalho, sendo incapaz de direcionar essas pessoas que estão deixando o setor industrial para outros postos.


“Por isso é preciso ter um incremento do poder público na perspectiva de geração de emprego e renda, de trabalho formal e de qualidade”, afirma o sociólogo, destacando a importância do desenvolvimento de processos para inserir essas pessoas no sistema de contribuição previdenciário, pois elas vão pressionar o serviço público de saúde sem ter contribuído com ele.


Sem contribuição formal, esse grande percentual de trabalhadores informais não conseguirá se aposentar e, no máximo, poderá obter um Benefício de Prestação Continuada (BPC).


Para o professor da Ufam, há alternativas para o governo ser o indutor de setores econômicos estratégicos capazes de investir na criação de empregos de qualidade.


Isso é possível com ações na indústria de alimentos derivados da floresta, peixes, beneficiamento e industrialização da madeira, não só com corte raso. “Essas são áreas que podem gerar emprego decentes e contribuir com a arrecadação do Estado”, argumenta.


Luiz Antônio lamenta a ausência de preocupação nessa área tanto do governo do estado quanto do parlamento estadual, que para ele tem a ver com o fato de parte da elite local ter como projeto ir embora do estado.


“Por isso, eles têm perspectiva de explorar os recursos naturais do Estado até o esgotamento, sem ver nenhuma possibilidade do desenvolvimento de autossustentabilidade econômica e social”, explica ele, citando a defesa da mineração, feita de forma tão contundente, mesmo sendo um setor que gera poucos empregos e de péssima qualidade e pior, trazendo no seu bojo um conjunto de violências contra pessoas e as culturas dos povos originários e ainda destruindo o meio ambiente, os rios.


Na verdade, tanto o governo quanto o parlamento deveriam pensar em outros arranjos produtivos, que garantam tanto a proteção dos recursos naturais quando a geração para as populações locais de trabalho, renda e impostos, finaliza Luiz Antônio.


 


 


 



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Fonte: portal do Holanda>

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