Marçal descarta marqueteiros e Bolsonaros, e faz a festa de advogados
Mas não só. Marçal levou a melhor no bate-boca digital com Eduardo, o zero-três, e fez Carlos, o zero-dois, declarar voto nele, mesmo depois de ter tentado, em vão, desacreditá-lo.
O recuo do especialista em redes dos Bolsonaro não é outra demonstração de confusão mental. É mitigação de danos. Tanto que Carlos coagiu o governador Tarcísio de Freitas a se desdizer sobre votar nulo num eventual segundo turno paulistano entre Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL). Nem corou.
Os Bolsonaros não estão perdendo influência apenas no mundo virtual. Sangram também no real. Todo dia um bolsonarista contraria o clã e declara apoio em Marçal. Cleitinho, o senador-influencer de Minas Gerais, do mesmo Republicanos de Tarcísio, é o exemplo mais significativo. Joice Hasselmann, o menos.
Poderosos empresários do ramo imobiliário e financeiro que foram patrocinadores de primeira hora de Jair Bolsonaro já se bandearam para a candidatura de Marçal em São Paulo. Eles não aparecem em público, mas trocam mensagens de Zap e participam de encontros pessoais com a nova estrela da extrema direita. Jair, Tarcísio e os zeros todos sabem e não se conformam.
Se uns não se conformam, candidatos a prefeito de direita (e de centro e até de esquerda) respiram aliviados e confidenciam aos mais próximos: “Ainda bem que não tem um Marçal na minha cidade”. Por enquanto. Vitorioso, será exemplo copiado a rodo.
Se os marqueteiros, os Bolsonaros e seus prepostos estão no lado que perdeu essa nova onda da direita, há alguns poucos profissionais que estão pegando rabeira e deslizando suave.