O sonho de Julieta Hernández e o nosso horror de todos os dias

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A venezuelana Julieta Hernández tinha um sonho. Retornar ao seu país, pedalando. Reencontrar família, amigos, um amor que ficou para trás e que tentava recuperar.


No retorno encontraria palhaços tristes, mas com a missão de fazer outros sorrirem. O sonho desabou numa noite de terror no Amazonas. Violência, estupro e o corpo incendiado. Depois, o nada. O silêncio . Lágrimas que escorreram em outros olhos. Henández foi transformada apenas em um pedaço de carne chamuscado, enterrado numa cova rasa.


Muitos vão pedalar hoje em sua memória. É pouco. Outras Hernandez estão morrendo, espancadas, estupradas, enterradas vivas.


O assustador é essa violência, a desvalorização da vida. O horror de todos os dias é esse medo coletivo de ser a próxima vítima, o que leva à falta de confiança no outro, a suspeitar do outro ou dos outros.


Mas a vida continua. Se pedalar hoje é pouco é o muito que podemos fazer para lembrar sua memória, sua coragem, seu sorriso triste, sua vida marcante, suas aventuras, seu desejo de conhecer o mundo.



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Fonte: portal do Holanda>

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